sábado, 25 de outubro de 2008

Filme Cult


Os pés de Ofélia se perdiam, tropeçavam. Suas unhas, já curtas, estavam todas roídas. Ela se jogava no chão, perdia a voz. Isso quando ela estava sozinha.
Quando estava com alguém, tinha a elegância de uma bailarina e o sorriso de uma atriz pra fingir equilíbrio.
No entanto, não estava triste. Estava confusa. E em partes, ela adorava essa confusão. Ter assuntos pra pensar. Ter a vida parecida com o roteiro de um filme. Um filme cult.
E aí se jogar na cama, olhar pro teto e tentar pensar em nada, lembra?

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